Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, destaca que o papel do epidemiologista é essencial para a saúde pública, especialmente em tempos de crises sanitárias. Mas afinal, o que faz um epidemiologista? Este profissional é responsável por estudar padrões de doenças, suas causas e formas de prevenção, atuando diretamente na proteção da saúde das populações.
Neste artigo, você entenderá com clareza quais são as funções de um epidemiologista, qual a sua relevância social, em quais áreas ele pode atuar e como seguir carreira nessa profissão.
Qual é a função de um epidemiologista?
O epidemiologista estuda a ocorrência, distribuição e os determinantes das doenças e agravos à saúde em populações humanas. Seu trabalho visa identificar fatores de risco, controlar surtos e propor políticas de prevenção baseadas em evidências científicas. O epidemiologista realiza análises estatísticas e interpreta dados para orientar a tomada de decisões em saúde pública. Ele pode investigar surtos de doenças infecciosas, e também atuar na vigilância de doenças crônicas.
De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, a atuação do epidemiologista vai além dos centros de pesquisa. Ele pode trabalhar em diversos setores, como:
- Instituições públicas de saúde: ministérios, secretarias de saúde e agências reguladoras.
- Organizações internacionais: OMS, OPAS e ONGs humanitárias.
- Hospitais e laboratórios: monitoramento de infecções hospitalares e análise de dados clínicos.
- Universidades: ensino, pesquisa e extensão.
- Consultorias privadas: suporte a empresas e planos de saúde na gestão de riscos.
Há uma crescente demanda por esse profissional em empresas que buscam estratégias de bem-estar corporativo e prevenção de doenças ocupacionais.
Como se tornar um epidemiologista?
Para ingressar na carreira de epidemiologista, o primeiro passo é realizar um curso de graduação em áreas como medicina, enfermagem, biomedicina, estatística, ou ciências sociais. Em seguida, é recomendável buscar uma especialização, mestrado ou doutorado em epidemiologia, ou saúde coletiva.
A formação deve ser complementada por conhecimentos em estatística, análise de dados, políticas de saúde e metodologias de pesquisa científica. Paulo Henrique Silva Maia menciona que o domínio de ferramentas como R, SPSS e Stata é um diferencial importante para quem deseja atuar com análise epidemiológica avançada. No entanto, para se destacar como epidemiologista, também é necessário desenvolver habilidades técnicas e comportamentais, como:
- Capacidade analítica
- Pensamento crítico
- Facilidade com estatísticas e números
- Boa comunicação escrita e oral
- Interesse por saúde pública e justiça social
- Ética profissional e responsabilidade científica
Segundo Paulo Henrique Silva Maia, o sucesso nessa profissão depende não apenas do conhecimento técnico, mas também da capacidade de traduzir dados complexos em soluções práticas e compreensíveis para gestores e para a população em geral.
A profissão de epidemiologista é promissora?
Sim. O cenário atual mostra um aumento contínuo da demanda por especialistas em epidemiologia. Questões como envelhecimento populacional, mudanças climáticas, novas doenças infecciosas e crises sanitárias exigem cada vez mais profissionais capazes de interpretar dados e orientar políticas públicas. Além disso, há uma valorização crescente do trabalho científico baseado em evidências.
Conforme ressalta Paulo Henrique Silva Maia, isso impulsiona a necessidade de epidemiologistas em projetos interdisciplinares e em diversos setores, desde a saúde pública até a saúde corporativa. Por fim, o epidemiologista desempenha um papel fundamental na promoção da saúde coletiva e na prevenção de doenças. Sua atuação, baseada em evidências científicas, impacta diretamente a vida das pessoas e as decisões em saúde pública.
Com uma formação sólida e habilidades analíticas bem desenvolvidas, é possível construir uma carreira de grande relevância social. A escolha por essa profissão representa um compromisso com o bem-estar da sociedade e com o avanço da ciência em favor da vida.
Autor: Natimoura Auderle