A Baixada Santista, localizada no litoral de São Paulo, tem sido uma das áreas mais beneficiadas por iniciativas do governo estadual voltadas à melhoria da infraestrutura habitacional. Recentemente, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a construção de 1.066 novas moradias para a região, um movimento que promete não apenas ampliar a oferta de imóveis, mas também promover o desenvolvimento social e econômico local. O investimento total será de R$ 207,7 milhões e terá um impacto direto na qualidade de vida de milhares de pessoas que enfrentam dificuldades para acessar moradia adequada.
O programa Casa Paulista, que visa garantir habitação para aqueles em situação de vulnerabilidade, será responsável por grande parte da execução desse projeto habitacional. A ideia é reduzir os problemas enfrentados pelas famílias que vivem em áreas de risco ou que gastam boa parte da sua renda com aluguel. Além disso, o projeto também busca atender a uma demanda crescente de moradias no litoral paulista, uma região com alto fluxo de turistas e habitantes permanentes.
Das 1.066 unidades anunciadas, a maioria será construída em cinco cidades da Baixada Santista. Cada uma dessas cidades receberá moradias que se adequam às necessidades específicas de suas populações, com uma parte significativa destinada a comunidades indígenas. A iniciativa busca não apenas aumentar a oferta de imóveis, mas também integrar essas populações ao processo de desenvolvimento local, garantindo que as comunidades mais marginalizadas também possam usufruir dos benefícios desse investimento.
Entre as cidades que receberão as novas habitações estão Bertioga, Mongaguá e Peruíbe, onde serão construídas 70 unidades destinadas a populações indígenas. Essas moradias representarão um avanço importante no processo de inclusão social e valorização cultural, permitindo que essas comunidades tenham acesso a um ambiente mais seguro e estruturado para viver. Em um país com tantas disparidades sociais, a implementação de políticas habitacionais como essa tem um papel crucial na redução das desigualdades.
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) será a responsável pela licitação e construção de 985 unidades, enquanto outras 81 moradias serão viabilizadas por meio da modalidade Carta de Crédito Imobiliário (CCI). Essas diferentes formas de implementação visam agilizar o processo e garantir que o maior número possível de pessoas tenha acesso à moradia de qualidade no menor tempo possível. A parceria entre a iniciativa pública e privada é essencial para viabilizar projetos dessa magnitude, especialmente em um cenário econômico desafiador.
Além do benefício direto de proporcionar moradia para milhares de pessoas, a construção dessas novas unidades habitacionais também terá um impacto positivo na economia local. O aumento da demanda por materiais de construção e serviços relacionados ao setor habitacional resultará na criação de empregos temporários e permanentes, além de movimentar o comércio local. Com o avanço das obras, é esperado que a região se torne ainda mais atrativa para investimentos futuros, impulsionando o crescimento econômico.
A perspectiva de novos projetos habitacionais na Baixada Santista também abre espaço para a requalificação urbana de algumas áreas da região. Muitas dessas cidades, apesar de sua proximidade com a capital paulista, enfrentam problemas como a falta de infraestrutura e o crescimento desordenado. O governo estadual está atento a essas questões e, com iniciativas como a do Programa Casa Paulista, espera-se que a Baixada Santista se torne um exemplo de planejamento urbano e inclusão social.
Por fim, o sucesso desse projeto habitacional dependerá não apenas da construção das unidades, mas também da implementação de políticas complementares, como o acesso à educação, saúde e transporte público de qualidade. A criação de uma infraestrutura que acompanhe o crescimento populacional é essencial para garantir que as novas moradias não sejam apenas espaços de habitação, mas também de desenvolvimento pleno para seus moradores. O trabalho conjunto entre o governo estadual, as prefeituras e as comunidades será crucial para o êxito desse importante projeto.
Autor: Natimoura Auderle