O engenheiro Ricardo Chimirri Candia destaca que, embora os avanços tecnológicos e as normas de segurança tenham evoluído significativamente nas últimas décadas, os fatores humanos ainda representam uma das principais causas de acidentes de trabalho em diversos setores. A atuação do ser humano, com suas limitações cognitivas, emocionais e comportamentais, desempenha papel decisivo na prevenção — ou no desencadeamento — de incidentes ocupacionais. Entenda!
O que são fatores humanos e por que eles influenciam os acidentes de trabalho?
Os fatores humanos referem-se a todas as condições psicológicas, emocionais e físicas que afetam o comportamento das pessoas no ambiente profissional. Eles abrangem desde o cansaço e o estresse até falhas de comunicação, distrações e decisões inadequadas tomadas sob pressão. Mesmo em locais com sistemas de segurança bem estruturados, o erro humano pode comprometer procedimentos e causar acidentes graves.

É por isso que entender como o trabalhador reage a situações cotidianas, como pressa, fadiga ou falta de atenção, é tão importante quanto investir em equipamentos de proteção. Segundo Ricardo Chimirri Candia, a prevenção eficaz depende de uma abordagem integrada, que leve em conta tanto o aspecto técnico quanto o humano, garantindo que as medidas de segurança sejam aplicadas com consciência e comprometimento.
Como o comportamento e a cultura organizacional afetam a segurança no trabalho?
A cultura organizacional é um dos pilares da segurança laboral. Empresas que não valorizam o bem-estar de seus colaboradores tendem a enfrentar mais incidentes, pois o comportamento das equipes reflete a prioridade dada à segurança. Quando gestores e líderes não incentivam práticas seguras, os trabalhadores acabam relaxando na observância de normas e procedimentos. Isso cria um ciclo perigoso de complacência, onde o cumprimento das regras é visto como algo opcional.
Por outro lado, organizações que promovem treinamentos, reconhecem boas práticas e estimulam a comunicação aberta entre funcionários e supervisores constroem ambientes mais protegidos. O engenheiro Ricardo Chimirri Candia ressalta que a mudança de comportamento coletivo é mais eficaz quando a empresa demonstra, na prática, que a segurança é um valor inegociável.
De que forma a comunicação interfere na prevenção de acidentes de trabalho?
A comunicação é um dos elementos mais críticos na gestão da segurança. A ausência de clareza nas instruções, a falta de feedback e a má interpretação de informações podem gerar situações de risco. Muitos acidentes ocorrem não por falta de recursos, mas por falhas na transmissão de orientações.
Para evitar esse problema, é essencial adotar canais abertos de diálogo e garantir que todos compreendam as normas e procedimentos de segurança. Como destaca Ricardo Chimirri Candia, treinamentos regulares e simulações práticas ajudam a reforçar mensagens-chave e promover uma compreensão uniforme das diretrizes.
Como o treinamento e a capacitação reduzem os riscos humanos?
O treinamento adequado é um dos pilares para reduzir os erros humanos. Profissionais bem treinados entendem não apenas o que devem fazer, mas também por que cada medida de segurança é importante. Essa consciência reduz a probabilidade de comportamentos arriscados e fortalece o senso de responsabilidade. Empresas que adotam políticas de treinamento constante percebem uma queda significativa nas taxas de acidentes.
Ricardo Chimirri Candia reforça que segurança no trabalho não se resume a cumprir normas; trata-se de criar um ambiente de consciência, respeito e comprometimento mútuo. Empresas que valorizam o fator humano não apenas reduzem o número de acidentes, mas também constroem uma cultura sólida de cuidado e responsabilidade. Ao compreender e atuar sobre esses fatores, é possível transformar o ambiente laboral em um espaço mais seguro, produtivo e saudável — onde cada colaborador se torna parte essencial da prevenção e do sucesso coletivo.
Autor: Natimoura Auderle